terça-feira, 30 de julho de 2013

A NOITE OFICIAL DOS OVNIS NO BRASIL - PARTE 2

A NOITE OFICIAL DOS OVINIS NO BRASIL - PARTE 2

Noite de 19 de maio de 1986:

 - Os Testemunhos

Na noite de 19 de maio de 1986, 21 OVNI saturaram as telas de radares da Força Aérea Brasileira, mobilizando o sistema de defesa aérea nacional. Os OVNIs são perseguidos por cinco caças da Força Aérea Brasileira, sendo testemunhados por milhares de pessoas em vários estados brasileiros.

 Por Jackson Luiz Camargo ( ufojack@yahoo.com )

O Caso da Noite Oficial dos OVNIs destaca-se pela quantidade e qualidade de testemunhos associados ao caso. São raros os casos, dentro da casuística ufológica, em que observa-se grande quantidade de testemunhas de qualidade. A seguir transcrevemos algumas declarações de quem esteve envolvido diretamente com os fatos.



Ozires Silva - Testemunha a bordo do avião Xingu PT-MBZ

"Olha, foi em maio de 1986, eu estava voando com um dos nossos aviões da Embraer, vindo de Brasília para São José, era noite, a minha hora de chegada era em torno de 21:00 horas, 09:00 horas da noite. Quando eu estava sobre Poços de Caldas, eu entrei em contato com o Centro de Controle de Brasília, solicitando autorização para iniciar a descida já para o aeródromo de São José dos Campos. O Controle autorizou, mas perguntou se eu estava vendo alguma coisa de estranho no ar. Eu disse que não, que não estava vendo nada, e eles me relataram que estavam tendo algo no radar, quer dizer, estavam tendo indicações no radar que existiam três objetos não identificados em torno de São José dos Campos há uma certa distância, um mais próximo de São Paulo, outro um pouco mais ao sul de São José e o outro na direção do Rio de Janeiro. Eu disse que não, mas que ficaria olhando na medida que descia. Quando estava bastante próximo de São José, há um momento no vôo que se transfere do Controle de Brasília para o Controle de aproximação de São Paulo. Um pouquinho antes de transferir eu perguntei se eles ainda tinham a imagem no radar e o que estava acontecendo, e aí, eles me deram a direção aonde eu deveria olhar, no azimute, e de fato eu olhei e vi, o corpo celeste bastante luminoso, em tudo parecia um lastro comum exceto pelo tamanho talvez um pouquinho mais alongado.

Neste momento eu pedi autorização para o Controle para me dirigir, para voar na direção desse objeto, estava eu e o meu co-piloto sós a bordo, só nós dois, e nesse momento nós viramos para São Paulo, com a proa na direção de São Paulo, na direção do objeto, e voamos nessa direção, na direção desse objeto e cada vez se aproximando mais, mas ele se mantendo mais ou menos como estava, tinha uma certa cor alaranjada que talvez pudesse ser explicada até pela poluição de São Paulo que é laranja os astros celestes de um modo geral. Mas o fato é que o radar de Brasília tinha plotado esse objeto e astros celestes não aparecem no radar. Eu fiquei mantendo contato com o Controle, aí nessa altura já com Controle de São Paulo, eu fui na direção do objeto, mas na medida em que me aproximava ele foi desaparecendo, ele até que desapareceu por completo e eu retornei para São José. Quando estava no início novamente do tráfego para pousar em São José, o chefe do Controle me alertou que um segundo objeto estava agora na direção do Rio de Janeiro, bastante visível no radar. Novamente eu pedi orientação do radar de como eu me aproximar do objeto e seguir na direção dele, e na medida que eu chegava notei que ele estava em uma altitude bem mais baixa do que a minha. E aí nesse momento era um corpo bastante mais alongado talvez da cor de uma lâmpada fluorescente, uma lâmpada dessas comuns que vê aí, e ocorreu que ele estava abaixo de mim e eu circulei, circulei várias vezes o avião em torno dele, olhando pra baixo e sinceramente não sei dizer o que era. Era um objeto alongado como disse, do tipo de uma lâmpada fluorescente bastante claro e o problema é que eu não podia baixar mais.

Era noite, a altitude que eu estava voando já era a altitude mínima para a área porque a área ali é bastante montanhosa, quer dizer, eu não podia baixar mais do que tinha abaixado, e ele continuou permanentemente ali abaixo. Eu com sinceridade não sei o que era, a única coisa que eu posso dizer é que na minha visão de aviador, eu tenho mais de quarenta anos de aviação, eu tenho visto objetos semelhantes, mas sempre de rastro que tem uma explicação, outra explicação e nesse caso em particular, isso era visto pelo radar em Brasília. No dia seguinte eu tentei falar com o Centro de Controle de Brasília, o CINDACTA, e tentar falar com o operador para ver o que o operador tinha visto em termos de radar, a essa altura o Ministério da Aeronáutica já estava fazendo uma investigação e infelizmente a qualidade dessa investigação não foi muito boa e não se pode chegar a nenhuma conclusão, mas essa efetivamente foi a minha experiência".




Tenente Aviador Kleber Caldas Marinho
Kleber Caldas Marinho - piloto do primeiro caça F-5

"Como piloto de alerta naquele dia, fui contatado pelo oficial de permanência, na Vila dos Oficiais, local onde morava. A informação passada era a de que o piloto de alerta havia sido acionado, e então, por doutrina e treinamento, eu me dirigi diretamente para o avião e só depois da decolagem é que recebi as específicas instruções necessárias à missão. O piloto de alerta não precisa passar pela burocracia de um voo normal. O avião já estava preparado para a decolagem.

A decolagem foi normal, fiquei em torno de 20 mil pés na direção de São José dos Campos. Por orientação da defesa aérea, desliguei todos os equipamentos de bordo: radar, luzes de navegação... fiquei apenas com o rádio de comunicação ligado. Como os alvos não possuíam equipamento algum que transmitisse qualquer onda eletromagnética, não era possível saber altura que voavam. Toda a orientação que me foi dada era para que eu fizesse procuras visuais. De acordo com os radares de Brasília, eu deveria olhar para as minhas horas e 11 horas, alto e baixo. Mas eu não via nada.

Eu estava em em cima da fábrica da Embraer e nada havia avistado até então. Em função destes alvos aglomerados na minha esquerda, o controlador pediu que eu fizesse uma curva pela direita e olhasse em direção a Santa Cruz, com 180 graus defasados. Eu efetuei a curva, estabilizei a aeronave na proa que ele havia recomendado e, como pedido, comecei a fazer uma varredura visual. Foi neste momento que eu avistei uma luz muito forte que se realçava em relação a todas as luzes no litoral. Estava um pouco mais baixa do que eu. A impressão nítida que eu tive, naquele momento, era de ela se deslocava da direita para a esquerda.

Olhei para aquela luz. O seu movimento era muito evidente para mim. Perguntei à Defesa Aérea se existia algum tráfego naquele setor no momento, devido à proximidade com a rota da ponte aérea, na época. Fui informado que não. Não existia aeronave alguma no local naquela hora. Informei então ao controlador que eu realmente estava vendo a luz se deslocando na minha rota de interceptação, às 2 horas (à mina direita), um pouco mais baixo do que a posição da minha aeronave. Foi naquele momento que eu pude ter um noção da altura do contato, algo em torno de 17 mil pés. Imediatamente recebi a instrução de aproar aquele alvo e prosseguir com a aproximação e sua possível identificação.

Não havia muito tempo para pensar, nem para sentir medo. É a adrenalina que funciona na hora. Você tem o avião para voar, está em voo noturno, supersonico, sujeito à desorientação espacial... Eu confesso que não tenho recordações exatas dos meus sentimentos naquele momento. A única coisa que eu sabia é que tinha que ir para cima do alvo e, a medida que as coisas vão acontecendo, e devido ao nosso treinamento, as reações passam a ser um pouco automáticas.

Comecei a descer, indo diretamente para o alvo, mas tomando todo o cuidado com uma possível ilusão de ótica, proporcionada pela visão noturna. Eu podia estar vendo uma luz dentro d'água, um grande navio com holofote... Por este motivo eu não quis ficar apenas com a orientação visual e liguei meu radar, mesmo sem instrução de fazê-lo. E, realmente, a cerca de 8 a 12 milhas, um alvo apareceu na tela, confirmando a presença de algo sólido na minha frente. Isto coincidia com a direção da luz que eu havia avistado. Nos radares que equipavam os caças da época, o tamanho do plote varia de acordo com o tamanho do contato. O radar indicava um objeto de cerca de 1 cm, o que significava algo na envergadura de um Jumbo (Boeing 747). Cheguei perto do alvo, posicionando-me a cerca de seis milhas de distância dele, o que ainda é longe para que possa haver uma verificação precisa, ainda mais à noite. O alvo parou de se deslocar na minha direção e começou a subir. Eu não perdi o contato radar inicial e passei a subir junto com ele. Continuei seguindo o contato até cerca de 30 mil pés, quando perdi o contato radar e fiquei apenas com o visual. Mas, naquele momento, aquela luz forte já se confundia muito com as luzes das estrelas.

Os meus rádios de navegação selecionados em Santa Cruz já estavam fora de alcance. Em determinado momento, as agulhas do meu ADF deixaram de ficar sem rumo e indicaram a proa. A minha janela do DME, que estava com a flag, indicou 30 milhas fixas, sem qualquer razão para isso. O combustível já estava chegando no limite, devido ao grande consumo das velocidades supersônicas e eu tive que voltar. Menos de um minuto depois que aproei em Santa Cruz novamente, meu ADF voltou a ficar sem qualquer informação e a janela do meu instrumento DME fechou de novo, deixando de aparecer.

"Eu tive contato visual e contato eletrônico. Era algo sólido. Dizem que naquele lugar há muita anomalia magnética, mas eu não acredito que seja isso. As anomalias têm movimentos irregulares, aleatórios. No meu relatório, eu pedi que fosse averiguado se havia algum porta-aviões próximo à costa, ou alguma aeronave que poderia estar sobre o nosso espaço aéreo, efetuando contramedidas eletrônicas, o que permitira colocar um plote nos radares. Nada do que eu presumi foi confirmado. A partir daí, afirmar que acredito em OVNIs, ou que aquilo era, de fato, um OVNI, já é outra coisa. Cada um vai tecer a sua opinião. Acho que esse Universo é muito grande para que só nós existamos nele. Seria muito egoísmo da nossa parte acreditar nisso, mas a verdade é que ficamos sobre uma linha muito tênue. Era a posição que eu tinha na época, o avião que eu estava voando, e todas as minhas crenças. Então, eu prefiro me referir apenas à parte técnica".

Capitão Márcio Brisola Jordão
Capitão Marcio Brisola Jordão

"Foi uma tremenda coincidência. Eu não estava escalado de alerta. Tinha ficado em Santa Cruz para estudar para uma prova de ensaio de voo. Quando o alerta foi acionado, pensei que era treinamento e continuei estudando, até que o soldado de serviço veio com a informação de que estavam precisando de um outro piloto para voar. Ele só disse que havia alguma situação de detecção de contatos desconhecidos e que até o avião reabastecedor deveria ser acionado.
Sempre tem um avião de reserva preparado. No caso, quem não estava preparado era eu, o piloto! Mas eu é que estava no Esquadrão e então fui. O Kleber foi o primeiro. Para a gente, era um treinamento normal, mas com a evolução da situação, outro F-5 foi acionado.

Uma coisa que chamou a minha atenção naquela noite foi a claridade do céu. Eu nunca havia visto uma noite tão clara. Sabe aquela noite que você anda de carro com a luz apagada e consegue ver tudo? Dava para ver o Vale do Paraíba, até São Paulo. Não havia nebulosidade. Era possível ver o contorno das montanhas no chão. Uma visibilidade sob a qual poucas vezes eu voei. Indo em direção a São José dos Campos, fui instruído por Brasília a fazer o cheque de armamento. Foi aí que me informaram que havia cerca de cinco contatos na minha frente, e a umas 15 milhas de distância. Eu não via nada no radar do avião e nem do lado de fora, mas a informação era de que eles estavam se aproximando cada vez mais. Dez milhas, cinco milhas, três milhas, e eu pensando que não era possível, em uma noite daquelas, eu não estar enxergando o tal contato.

Tive autorização para fazer um 180, e continuei sem ver coisa alguma. Fui pra São José dos Campos, voando a cerca de 15 mil pés, e comecei a fazer órbitas. Chamei o Kléber na freqüência tática para saber se ele tinha avistado alguma coisa. Ele disse que sim, mas que, quando tentou ir atrás, o contato sumiu. Quando eu estava em cima de São José dos Campos, olhei em direção à Ilha Bela e, pela primeira vez, vi uma luz vermelha, parada. Para mim, estava no nível do horizonte, mas eu estava olhando para o oceano, o que me fez acreditar que podia ser um barco muito longe, ou algum outro tipo de iluminação. Era como luz de alto de edifício. Ficou parada, não mudou de cor, não piscou e nem se mexeu. Eu avisei ao controle que estava vendo uma luz na proa, 90 graus em direção ao oceano. Como confirmava com o contato no radar de terra, fui instruído a ir em sua direção. Entrei supersônico para acelerar, e a luz nem se mexia. Fui informado de que ela estaria andando na mesma velocidade que eu. Fui mantendo esta navegação até dar o meu combustível mínimo, e tive que voltar. Para mim, que decolei com uma expectativa dada por Brasília, foi a maior frustração da minha vida. A luz que vi podia ser um barco no horizonte ou, quem sabe, ser mesmo alguma outra coisa. Mas é leviano chegar a qualquer conclusão".

Capitão Armindo de Sousa Viriato, em entrevista ao repórter Domingos Meireles
Capitão Armindo de Sousa Viriato

"No radar eu cheguei a fazer quatro interceptações e todas com contato radar, mas não consegui ver em nenhum momento nada, apenas no radar. E o que me impressionou foi a aceleração tomada pelo alvo a partir de um certo instante. Ele acelerou rapidamente até que o radar desacoplasse e eu acredito em torno de MACH 15, mais ou menos, porque foi muito rápida a aceleração. Eu já estava a 1.2, 1.3 vezes a velocidade do som e o objeto atingiu uma velocidade bem mais alta do que eu estava".

Capitão Rodolfo da Silva e Sousa
Capitão Rodolfo da Silva e Sousa

"Ao chegar, eu me dirigi, juntamente com os demais membros da equipe de alerta, imediatamente para os hangares, onde estavam posicionadas duas aeronaves F-103E. A equipe de manutenção já havia completado o seu trabalho e nos esperava, ao pé da escada, com as aeronaves prontas e armadas para a decolagem. Completei os cheques previstos para antes da partida e entrei em contato com o Oficial de Permanência Operacional (OPO) para informar que estava pronto. De imediato, recebi ordem para acionar o motor e decolar isolado. Meu ala permaneceu no solo.

Em seguida, fiz contato com Anápolis, que me passou, de imediato, para a freqüência do COpM que controlaria a interceptação. A primeira informação que recebi foi de que meu alvo se encontrava a uma distância de 100 milhas da posição em que eu estava. Pude perceber que o tempo estava bom, não havia nuvens e nem a lua aparecia. O céu, completamente estrelado, fazia um belo contraponto com a escuridão da noite.

À medida que a distância diminuía, como não conseguia contato em meu radar de bordo, passei simultaneamente a realizar uma busca visual no espaço aéreo em torno da posição informada pelo COpM. Só que, mais uma vez, nada apareceu.

Ainda estava nesse procedimento, sem sucesso, quando recebi a informação do controlador de que meu alvo havia mudado deposição e agora estava em outra direção, a 50 milhas de distância. Fui então orientado para essa nova interceptação.

Sem sucesso nesse procedimento, fui novamente informado de outra alteração no posicionamento do alvo e recebi novas orientações para uma terceira interceptação. Mais uma vez, não houve qualquer contato radar ou visual. Fui orientado a baixar ainda mais o nível de vôo, permanecendo em órbita sobre o ponto determinado, e continuando a procura. Depois de algum tempo nessa busca, e tendo em vista que minha autonomia de vôo já havia atingido o nível suficiente apenas para permitir o meu retorno seguro para o aeródromo, recebi instruções para o regresso.

Após o pouso, fiz um contato telefônico com o meu controlador, para o debriefing rotineiro da missão. Só assim tomei conhecimento dos outros F-103 que haviam sido acionados. Eles decolaram depois de mim, para a averiguação de diversos contatos-radar, plotados nas telas do CINDACTA, em pontos diferentes da Região Centro-Oeste. Ao terminar os procedimentos pós-vôo de praxe, fui liberado e autorizado a retornar para minha residência, onde cheguei por volta de 1h30m. Uma hora mais tarde, fui acordado por um novo acionamento do bip. Era outro alerta. Ao chegar à Base e entrar novamente em contato com o OPO, a orientação, desta vez, era para que o alerta fosse mantido a postos, e as aeronaves prontas para a decolagem. O meu ala e eu ficamos assim por cerca de 45 minutos. Quase às 4h, recebemos a informação de que o alerta estava suspenso, e nós, liberados".

Capitão Julio Cesar Rozemberg
Capitão Julio Cesar Rozemberg

Era um dia normal no Primeiro Grupo de Defesa Aérea, até a hora em que o meu bip tocou de madrugada. O alerta havia sido acionado. Eu estava dormindo e levantei sem nem saber que horas eram. Faz parte da rotina. Eu me vesti e no caminho da Base fiquei me questionando se aquilo seria apenas mais um teste. Eu esperava voar, afinal, não há nada mais chato do que ir para o hangar do alerta, abastecer e ser dispensado. Toda missão da Defesa Aérea é real até ser cancelada, então vesti o traje anti-g, o colete e o mecânico confirmou a aeronave pronta. O armamento também estava certo e municiado. Haviam se passado 22 minutos desde que o alerta tinha sido dado. Preparei-me para decolar imaginando o que estaria acontecendo. Pela proximidade com Brasília, imaginei que estivesse atrás de algum vôo comercial, mas, se fosse, eu teria avistado as luzes anticolisão. Fui seguindo todos os comandos do controlador. A noite estava linda, com a visibilidade ilimitada. Era possível ver tudo lá embaixo, desde as cidades até os faróis dos carros.

Fui instruído a elevar a minha altura. Verifiquei mais uma vez o radar de bordo e desci um pouco a varredura da antena. Continuei acompanhando o radar de bordo e buscando algo no visual. A nossa distância, informada pelo controlador, era de apenas três milhas e eu continuava sem enxergar nada. Imaginei que eram os F-5 do Grupo de Caça, vindo atacar a Base em missão de treinamento. Pedi para o controlador me aproximar ainda mais até 'confundir' os plotes, com minha chegada vindo por trás. Achei que o contato iria, finalmente, acender as luzes, afinal, eles deveriam estar ouvindo a interceptação pelos canais da Defesa Aérea. O controle anunciou uma milha na proa, mas eu não tinha nada no radar, e nem no visual. 0 meu vôo durou cerca de 30 minutos e, depois das tentativas de busca, regressei à Base, sem fazer qualquer tipo de contato.

No dia seguinte, vi as manchetes nas televisões e nas rádios anunciando várias interceptações de OVNIs ocorridas tia noite anterior. E justo eu, um apaixonado pelo assunto, não vi nada! Mas cheguei perto. Acho que em um Universo infinito destes, com diversas possibilidades, não tem por que estarmos sozinhos.

Comandante Geraldo Souza Pinto
Comandante Geraldo Souza Pinto

Quando cruzávamos cerca de 12 mil pés, o CINDACTA nos chamou no rádio e pediu para que confirmássemos se víamos algum tráfego na posição de 11 horas. É normal que isto ocorra, mas estranho foi quando, após respondermos negativamente, ele ter dito: 'Para sua informação trata-se de um OVNI (Objeto Voador Não-Identificado).

Olhamos um para o outro, imaginando que não havíamos entendido direito o que viera pelo rádio e pedimos para que a informação fosse repetida. O controle confirmou a informação e ainda disse que, desde aproximadamente às 22h daquela noite, estavam aparecendo objetos não-identificados, como plotes no radar. Foi aí que soubemos que, mais cedo, a Força Aérea já havia sido ativada. Nessa hora confesso que senti uma emoção indescritível. Perguntamos se o contato estava no radar deles, e a resposta foi positiva. O controlador nos disse que a sua posição naquele momento era de 11 horas em relação a nossa aeronave e pediu para que tentássemos avistá-lo. Foi nesta hora que eu o vi. Uma luz muito forte brilhou, como um farol branco. A emoção que eu tenho até hoje se confunde com a certeza de que ele estava acompanhando a nossa fonia. No mesmo momento em que nos perguntaram se estávamos avistando o tráfego e eu respondi que não, ele piscou, como quem díz: 'Estou aqui!'"

"Nós não tínhamos noção da altura do tráfego, pois os radares dos aviões comerciais são meteorológicos e, diferente dos caças, têm muita dificuldade de captar outra aeronave. Eles não são feitos para isso. O controlador também não podia saber a altura do objeto já que, sem transponder, tudo o que ele vê é a dimensão única do radar, sem diferença de altitude. O objeto estava próximo de Santa Cruz e a nossa distância era em tomo das 90 milhas. O que eu posso dizer é que ele estava, visualmente, a uns 20 graus mais alto do que nós. Atingimos nossa altitude de cruzeiro de 23 mil pés, e durante todo o vôo o controlador foi nos informando sobre a aproximação. Passou para 60 milhas, depois 50, o tempo todo na nossa proa."

Éramos quatro tripulantes no cockpit escuro de um avião cargueiro, buscando os céus ávidos de encontrar uma explicação sobre aquilo que tanto se aproximava do nosso 707. De repente, eu olhei para o Nivaldo e reparei na expressão dele, como se ele quisesse me mostrar alguma coisa. Ele disse que algo tinha se deslocado deixando um rastro luminoso, mas poderia ser um meteorito, o que seria muito comum. O controlador nos avisou, então, que o alvo havia se deslocado em alta velocidade para a nossa direita, atingindo, em fração de segundos, uma velocidade incrível, algo acima de Mach 5. Um ser humano não agüentaria uma aceleração dessas. Ele morreria com tal deslocamento! Nós estávamos a umas 30 milhas dele. A impressão que dava era de que o contato estava se deslocando em baixa velocidade, e nós é que estávamos nos aproximando dele. A aproximação continuou. O radar ia nos avisando as distâncias: quinze milhas, dez, cinco... Na melhor das hipóteses entraríamos para a História!

Mas eu olhava, olhava e não via mais nada. Aí o controlador falou: 'Três milhas, duas, uma.. Varig, o tráfego está se fundindo com o plote do seu avião.' Nós olhávamos para cima, para baixo e não víamos nada! O Controle nos informou, então, que o alvo estava passando para trás da aeronave, mas começou a ter muita interferência no solo e o radar o perdeu de vista.

FONTE - PORTAL FENOMENUM

A NOITE OFICIAL DOS OVNIS NO BRASIL - PARTE 1

A NOITE OFICIAL DOS OVNIS NO BRASIL - PARTE 2

A NOITE OFICIAL DOS OVNIS NO BRASIL - PARTE 3

A NOITE OFICIAL DOS OVNIS NO BRASIL - PARTE 4

A NOITE OFICIAL DOS OVNIS NO BRASIL - PARTE 5

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